O futebol brasileiro levou um choque de realidade com a humilhante goleada de 7 x 1 que sofreu contra a Alemanha, na Copa do Mundo recém finalizada. Mas a prática da sua entidade máxima, a Confederação Brasileiro de Futebol (CBF) mostra que ainda não aprendeu nada e que continua no caminho errado.
Além de nada de novo haver sido proposto para mudar a estrutura obsoleta e viciada do futebol, mas tão somente uma troca cosmética de seis por meia dúzia na comissão técnica, salta aos olhos uma vergonha maior: o favorecimento das arbitragens a determinados clubes.
Seja por filosofia explícita ou por orientação tácita, as arbitragens visam sempre favorecer aos seguintes clubes que detêm o poder sobre a CBF: quatro do Rio (Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco, ainda que este último esteja presentemente na segunda divisão), quatro de São Paulo (Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras), dois do Rio Grande do Sul (Grêmio e Internacional) e dois de Minas Gerais (Cruzeiro e Atlético).
E isso ocorre tanto no Campeonato Brasileiro quanto em outras competições, vide "as garfadas" recentes na Copa do Brasil contra o Ceará, em favor do Botafogo, e contra o Coritiba, em favor do Flamengo. Esta última equipe, inclusive é recordista em benefícios: foi "premiada" e "salva" com uma desfaçatez que sequer procura ser disfarçada pois conseguiu sair do último lugar com uma "brilhante" sequencia de cinco triunfos, obtendo ainda uma marca "histórica" de nove pênaltis a favor em nove jogos seguidos de duas competições.
Especificamente no caso do Bahia, a situação é ainda mais aberrante e revoltante. Estamos sendo sequencialmente prejudicados e "roubados" em todas as competições, inclusive contra equipes que não são da lista dos 12 clubes poderosos. Eis alguns episódios:
Copa Sul-Americana
- Contra o Internacional na Fonte Nova:
para uma falta violentíssima do time do Rio Grande do Sul não foi dado cartão vermelho,;
um evidente pênalti em favor do Bahia não foi marcado;
uma clara falta de ataque não assinalada antecedeu ao gol gaúcho.
Campeonato Brasileiro
- Contra o Sport em Recife:
falta do goleiro do goleiro do time pernambucano contra o atacante do Bahia que era o último jogador e que ia em direção ao gol, mas que não foi punido com cartão vermelho, implicando na expulsão do goleiro tricolor por apenas se dirigir ao local do lance por ser o capitão da equipe.
- Contra o Corinthians em São Paulo:
pênalti claro não marcado no final do jogo em favor do Bahia;
- Contra o Criciúma na Fonte Nova:
pênalti claro em favor do Bahia não marcado;
- Contra o Grêmio em Porto Alegre:
pênalti claro em favor do Bahia não marcado;
falta evidente não marcada sobre o lateral do Bahia no passe que resultou no gol do Grêmio.
- Contra o Coritiba na Fonte Nova:
falta fora da área em ataque do Coritiba que foi absurdamente considerada como pênalti, só sendo revertida a marcação depois de muita reclamação dos jogadores do Bahia para que fossem consultados os árbitros auxiliares.
- Contra o Cruzeiro em Belo Horizonte:
pênalti inventado a favor da equipe mineira (conforme, inclusive, opiniões de cronistas da região sudeste) que resultou na expulsão do zagueiro do Bahia e no favorecimento à reação do Cruzeiro que estava em desvantagem no jogo.
- Contra o Botafogo no Rio de Janeiro:
impedimento não marcado no lançamento que resultou no primeiro gol do Botafogo;
pênalti inexistente contra o Bahia, quando a bola toca na mão do lateral tricolor que corria em direção oposta a da bola, a ponto de comentaristas cariocas discordarem da marcação, implicando no segundo gol do Botafogo;
anulação de um gol legal do Bahia quando a partida estava empatada em 2 x 2, alegando impedimento inexistente no lançamento;
Esses são alguns fatos, porém outros mais poderiam ser elencados aqui. Mas o fundamental é perceber que tais episódios contra o Bahia não são gratuitos e convergem com o que foi denunciado pelo nosso presidente, Fernando Schmidt: a CBF, através de seu departamento arbitral, está cumprindo a ameaça de represálias por haver sido contestada em sua gestão desastrosa e nefasta.
O Bahia é hoje um exemplo de democracia, transparência, responsabilidade e participação. E deve, com seu pioneirismo, apontar caminhos para a mudança do futebol brasileiro que passe pela sua moralização. Por isso a direção do nosso tricolor precisa ser firme contra essas posturas dos árbitros, seja através da contestação à CBF ou seja através da denúncia nos meios de comunicação, contando com o apoio da sua torcida, de forma ordeira e pacífica, mas sem abrir mão de ser incisiva e de propor transformação. Ao mesmo tempo, é preciso cobrar uma manifestação contundente da Federação Baiana de Futebol em defesa de um seu filiado visivelmente prejudicado repetidas vezes.
Se a CBF não mudar, o futebol brasileiro estará condenado a uma crise ainda mais profunda, geradora de novas e maiores humilhações. Nós, tricolores, sabemos o que é isso: e dissemos não ao passado e mudamos.
REVOLUÇÃO TRICOLOR
ASSOCIE-SE E VIVA O BAHIA!
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