quarta-feira, 29 de maio de 2013

CARTA ABERTA A NAÇÃO TRICOLOR EM APOIO A INTERVENÇÃO NO BAHIA


À torcida tricolor,


A Revolução Tricolor é um grupo de sócios do Esporte Clube Bahia que lutam, através das vias legais, por mudanças mais profundas no clube, como a democratização, a transparência e a efetiva participação da torcida nas decisões mais importantes da vida do Bahia.

Entendemos que a atuação correta dos diretores de uma agremiação tão importante tem como exigência a presença constante da autoridade responsável, a prestação de informações e contas ao torcedor, o convite à participação dos interessados, o respeito às leis e regimentos que compõem a base jurídica de legitimidade de uma organização, bem como a busca pelo seu aprimoramento e adequação à contemporaneidade.

A ação judicial que hoje tramita no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia é decorrência de uma expulsão injustificada de conselheiros deliberativos do clube, às vésperas da eleição para presidência, que se mostrou a ponta de um verdadeiro iceberg de irregularidades na composição do órgão. Para ficarmos em um fato de conhecimento público, mais de um conselheiro do Bahia já se manifestou no sentido de nunca ter sido sócio do clube e ter o seu nome incluído em tão importante órgão de maneira surpreendente. Na verdade, para ocupar tal posição, o tricolor deveria ser associado do clube há pelo menos 36 meses (3 anos)...

Foi este órgão contra o qual constam várias denúncias de ilegalidades que reelegeu o presidente Marcelo Guimarães Filho, que aprovou contratos e participou da elaboração do novo Estatuto Social do Bahia, que ficou longe de implantar as prometidas democracia e abertura do clube, configurando apenas mais uma etapa de um projeto de poder que não tem prazo para acabar.

O juiz de 1º grau concordou com o sócio tricolor que entrou com a ação e determinou a intervenção judicial no Bahia. O clube recorreu e uma nova decisão, agora do Tribunal, pode ser divulgada a qualquer momento.

Se o Tribunal de Justiça decretar a intervenção, o interventor terá o poder de confirmar alguns contratos assinados pelo clube, enquanto promove um recadastramento de sócios e novas eleições para os órgãos da agremiação, após a destituição de todos aqueles que foram eleitos sob suspeitas de ilicitudes. Poderá também estabelecer parâmetros para uma eleição corretamente desenvolvida e para proporcionar que a torcida tricolor tenha voz no novo Bahia que pode surgir. Não será ele o novo presidente do Bahia, mas alguém que conduzirá uma transição com vistas a assegurar a reformulação político-administrativa da agremiação, a fim de que sejam eleitos um conselho e uma diretoria com legitimidade.

Haverá muita informação falsa divulgada caso haja mesmo a intervenção judicial. Dirão (como disseram no ano passado) que os parceiros comerciais do clube sairão, o que não é verdade. Os seus contratos foram firmados com o Bahia e não com os seus diretores em nome próprio, e o interventor tem plenos poderes para ratificá-los. Falarão ainda que o clube vai ser rebaixado, para atemorizar a torcida. Aqueles que acompanharam as recentes humilhações, porém, sabem que o caminho do Bahia tende a ser o retorno à Série B se ficar com a diretoria que já demonstrou sua incompetência e aversão à democracia no comando do clube.

O torcedor do Bahia que hoje se sente órfão, em meio à turbulência dos desmandos e da incompetência, tem no seu horizonte um futuro mais próspero que se desenha com a renovação efetiva que pode vir desta intervenção. É seu direito (e dever) acompanhar os passos deste processo e buscar a aproximação ao quadro social do clube, para que possa colaborar na reconstrução de um Bahia grande, democrático e vencedor.

O Bahia não é apenas um clube de futebol: é bem cultural, social e imaterial, que pela sua dimensão e importância tem a amplitude de um verdadeiro bem público, ente representativo da alegria e cultura de um povo. Toda a sociedade baiana precisa tomar parte nesta luta que ganha corpo e já encontra eco na imprensa nacional, capitaneada por figuras como o grande jornalista Juca Kfouri.

Unidos, fiscalizaremos o desenrolar desta revolução que está por vir. A intervenção judicial pode ser um catalisador de todo este processo e devemos velar por ela, mas a mudança efetiva do Bahia há de ser ainda maior que isso, conduzida pela sua imensa torcida que precisa tomar as rédeas do nosso clube.

Exijam mudanças, divulguem iniciativas, clamem por melhorias, deem o grito de independência e sejam parte deste novo Bahia que está surgindo.

ASSOCIAR PARA MUDAR!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O BAHIA PERTENCE À SUA TORCIDA! #FORAMGF

Nós, torcedores e sócios do Esporte Clube Bahia, somos o maior patrimônio do Clube e exigimos respeito. As vozes de protesto contra a situação vexatória que passa o Bahia se avolumam em todo o Brasil.
O que nos orienta não é simplesmente um "fora Marcelo Guimarães Filho", mas tudo aquilo que ele prometeu e não cumpriu: a democratização do Bahia, a associação em massa da torcida e transparência nas contas do clube. Queremos dar um basta neste modelo ultrapassado de Gestão.
A história das últimas décadas está para sempre marcada por fatos vergonhosos: goleadas humilhantes sofridas tanto diante de times de tradição como de outros sem nenhuma expressão; dez anos sem ganhar um fraquíssimo Campeonato Baiano; cinco anos de rebaixamento para a Série B; dois anos de rebaixamento para a Série C; retorno para a série A sempre com campanhas medíocres, lutando pra não ser degolado; contratação de caminhões de jogadores, na sua maioria atletas em fim de carreira ou sem colocação em outros clubes da Série A; falta de aproveitamento correto de jogadores da base; negociações nebulosas de atletas de futuro; aumento das dívidas; dilapidação do patrimônio; falta de transparência na prestação de contas; ações de propaganda medíocres para o potencial do clube e da torcida; falta de democracia na condução da vida do clube; desestímulo à permanência dos sócios e à entrada de novos; autoritarismo nas assembleias de sócios; funcionamento de um Conselho Deliberativo ilegal e ilegítimo; estatuto obsoleto substituído por outro antidemocrático, centralizador e restritivo.
Enfim, um volume imenso de provas de incompetência, irresponsabilidade e desrespeito que só mostram que esse modelo de gestão está falido. 
E é por isso que manifestamos aqui o que queremos e buscamos para o ressurgimento do Bahia.
Precisamos fazer uma faxina geral no Bahia, uma limpeza total, uma refundação, uma reinauguração de uma Bahia vencedor, mobilizador, apaixonante como a sua torcida e motivo de orgulho para ela. É preciso um novo modelo de gestão: democrático, transparente e participativo.

Nossas bandeiras são:

- Destituição imediata do Presidente Marcelo Guimarães Filho e da sua Diretoria;

- Destituição dos Conselhos Deliberativo e Fiscal;

- Intervenção provisória para realização de auditoria de contas, regularização da situação de adimplência dos sócios;

- Criação de uma comissão que elabore um novo estatuto e convoque eleições democráticas para Presidente e para os Conselhos Deliberativo e Fiscal.

REVOLUÇÃO TRICOLOR - ASSOCIAR PARA MUDAR!"