Após a fulminante e humilhante derrota do Brasil para a Alemanha na
Copa do Mundo ouviram-se vários comentários na imprensa mais responsável
de que era preciso mudar a filosofia de gestão do futebol brasileiro.
Argumentava-se que várias diretrizes necessitavam serem implantadas
como: eleições diretas para a CBF, transparência nas contas do órgão
máximo do futebol nacional, revisão na política das divisões de base,
mudança nas negociações de jogadores, controle da ação dos empresários,
entre outras. Enfim, a ideia central é que é preciso mudar a prática
para que se renovem os rumos.
Imediatamente veio a associação: da mesma forma que o Bahia foi o
primeiro campeão nacional é ele quem está inaugurando toda essa nova
prática já acerca de um ano.
O novo Bahia que muitos estão construindo mostra os exemplos a serem
seguidos. Provocamos a intervenção para tirar o grupo tirano que
humilhava e destruía o clube com base no descumprimento legal do próprio
estatuto antigo e defasado. Mobilizamos os sócios e com base no novo
estatuto debatido e votado, estabelecemos a primeira eleição para
presidente de clube no Brasil com voto direto dos sócios. Renovamos e
elegemos um Conselho Deliberativo atuante, fiscalizador e propositivo.
Elegemos e recuperamos o papel do Conselho Fiscal. Estamos criando
política de transparência e de ética no clube, ao tempo em que estamos
saneando o caos deixado pelas direções anteriores. Estabelecemos
recordes nacionais de novas associações. Buscamos criar nova política e
prática na contratação de jogadores e na relação com empresários.
Ampliamos significativamente a divulgação e o marketing do clube.
Estamos renovando a filosofia nas divisões de base. Buscamos novas
fontes de receitas e novas formas de parcerias e contratos com
patrocinadores. Nos posicionamos já nacionalmente por mudanças na CBF.
Estamos então no melhor dos mundos? De forma nenhuma: o rastro de
destruição deixado, a dificuldade para retomar credibilidade e força, o
aprendizado contínuo na prática de uma gestão diferenciada não permite
de nenhuma forma ilusões nem acomodações. Muito há ainda por ser feito
exigindo de nós compromisso com o clube, respeito à longa luta travada
pela democracia e trabalho conjunto com a torcida.
Mas já sabemos que estamos fazendo a história das mudanças do caos de
um clube de futebol para o soerguimento daquele que é o motivo da
paixão de um verdadeira nação. Sabemos que somos já um exemplo para ser
visto pelo futebol brasileiro que clama por modificações urgentes.
Uma grande prova da postura diferenciada, vanguardista e
firme do Bahia no cenário futebolístico nacional foi o pronunciamento do
nosso presidente, Fernando Schmidt, ao blog Terra Magazine, do
jornalista Bob Fernandes. Nessa entrevista, Schmidt, como comandante
maior do processo de mudanças pelo qual passa o Tricolor de Aço, é
incisivo: mostra o absurdo da direção da CBF não ter sequer se
pronunciado sobre a desastrosa partida da seleção contra a Alemanha e
afirma diretamente que o atual presidente deveria renunciar e o futuro
abdicar de tomar posse para que se reorganize o futebol brasileiro.
Assim, o presidente aponta o futuro para resgatar o nosso futebol com
base na experiência do Bahia.
A Copa do Mundo chegou ao seu final e não foi à toa
que o Bahia foi considerado o clube brasileiro que mais se destacou
entre as torcidas e nos eventos de divulgação. Continuemos então no
nosso papel histórico de pioneiros e de mais títulos de glória. Para o bem do Bahia e do próprio futebol brasileiro.
Nascemos para vencer!
Esse é o grito que nos distingue nas arquibancadas do Brasil: Bora Baêa, Minha Porra!
Revolução Tricolor